segunda-feira, 25 de maio de 2009

ROMEIRO ETERNO


Romeiro eterno quis, sempre como agora,
em amplo leito, onde a maré entra e sai,
espraiar-me em repouso que bem me cai,
vencidos escolhos de sinuosas sendas fora.

 Descanso, porém, não tem demora
pela pressa de abraçar meu pai
e dar-lhe, alimentados, sem um ai,
meus filhos que aguarda a toda a hora

Aproveito para observar os mais recentes,
enquanto desfrutam o estuário de meu nome,
e o mais alegre é o rebelde de Porcim,
ávido por mostrar o valor das suas gentes.
Questiono-o, a brincar, se já tem fome…
Sorri… e pergunta-me onde é Albarracim!...





Constantino Braz Figueiredo

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